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Frente parlamentar se mobiliza para reverter congelamento salarial na PEC Emergencial

Frente parlamentar se mobiliza para reverter congelamento salarial na PEC Emergencial

Grupo de deputados tenta diminuir gatilhos que preveem medidas de austeridade no serviço público e impedir reinclusão no texto do corte de remuneração do funcionalismo

A votação da PEC Emergencial prevista para esta semana na Câmara mobiliza a Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público (Servir Brasil). Os deputados federais que compõem o bloco se organizam para tentar reverter alguns gatilhos que preveem mais austeridade para o funcionalismo. O grupo também busca uma reunião amanhã com o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).

Para o deputado Israel Batista (PV-DF), que preside a frente, a retirada do dispositivo que possibilitava a redução em 25% do salário e jornada de servidores ainda no relatório do Senado foi o primeiro ponto para “se evitar um mal maior”.

Segundo Batista, agora, o trabalho da Servir Brasil será em outra direção. “Vamos tentar diminuir o rigor desses gatilhos (de contenção fiscal). Porque se a proposta for aprovada na Câmara do jeito que foi no Senado, 14 estados e o Distrito Federal já vão poder congelar salários”, ressaltou ele à coluna.

O presidente do grupo lembrou que será mais tempo de congelamento, já que aumento de remuneração do funcionalismo está vedado até o fim do ano — a medida foi uma contrapartida exigida pelo governo federal para liberar recursos financeiros aos entes federados durante a pandemia.
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Ainda que o relator da matéria no Senado, Marcio Bittar (MDB-AC), tenha extraído do seu parecer o gatilho que previa corte temporário de salários quando as despesas dos estados e municípios ultrapassassem 95% das receitas, alguns deputados consideram a possibilidade de esse mecanismo de ajuste voltar ao texto.

“É perigoso. Tudo pode acontecer”, afirmou Batista. “A gente entende que, desde o início da pandemia, temos feito um trabalho para evitar o mal maior, que era o corte de salário e jornada. E a gente conseguiu justamente isso no Senado”, enfatizou o parlamentar, dizendo que a frente atuará para impedir que a medida retorne à PEC.

A expectativa é de votação na quarta-feira. Lira designou como relator da proposta o deputado Daniel Freitas (PSL-SC). O presidente da Câmara avalia ainda que, em caso de acordo entre as lideranças, a tramitação pode acelerar.

FONTE: O DIA online

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