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Dia Internacional da Mulher

No dia das Mulheres, comemorado hoje, 8 de março, mais que ser homenageadas com
rosas e palavras tiradas de um dito vocabulário feminino, queremos reafirmar como dia
internacional de luta. Não só por este dia ter se originado a partir do início do século passado
com jornadas de manifestação pela igualdade de direitos civis e em favor do voto feminino.
Mas principalmente por nesses mais de cem anos um longuíssimo caminho temos ainda a
perseguir.
O feminicídio é uma realidade cruel que vem aumentando nos últimos anos no Brasil,
na Europa, na Ásia e em várias outras partes do mundo. No Brasil, o índice de 2022 aponta um
aumento de 5% em relação ao ano anterior, cerca de 1,4 mil mortes. Muitos são os casos
também que não terminam em mortes, mas são de fato violência doméstica, física e
psicológica.
A mulher sofre discriminação por seu gênero, sendo preteridas em empregos, em
designação de altos cargos de uma empresa ou do Serviço Público, com salários mais baixos,
sendo que a maternidade muitas vezes é usada contra ela. Fora os assédios sexuais e morais,
tão comuns e muitas vezes silenciados.
Nossa jornada é tripla, pois nos milhões de lares brasileiros somos nós em sua grande
maioria que cuidamos da casa, “da janta”, dos filhos e dos maridos. E as tarefas domésticas
quando feitas pelo homem da casa é considerada como ajuda como se somente a nós
coubesse fazer o que é aproveitado por todos!
Então neste dia de hoje, não queremos nada mais do que nosso lugar como cidadã de
primeira classe na sociedade, a quem cabem os rumos de seu destino, de seus corpos e de
suas mentes e de suas regras. Queremos respeito, dignidade, liberdade e igualdade.

 

Silvia Helena Knoller

Diretora de Comunicação Social – SINFAZERJ

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