De acordo com a CPI da Alerj, houve rombo de R$ 30 bi aos cofres públicos durante o governo de Cabral.
O ex-governador Sérgio Cabral vai depor, na próxima semana, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) que apura irregularidades no Rio Previdência durante a sua gestão. A informação é do presidente da CPI, Flávio Serafini (PSOL).
“A ideia com a convocação é entender se a captação feita pelo Rio Previdência no governo Cabral foi para financiar corrupção ou em benefício de empresas internacionais”, afirma o parlamentar.
De acordo com a CPI, o rombo nos cofres do Rio Previdência chega a R$ 30 bi e foi provocado pela Operação Delaware – venda de royalties do petróleo a investidores estrangeiros em troca de dinheiro imediato – em 2014.
O ex-presidente do Rio Previdência, Gustavo Barbosa, negou qualquer tipo de motivação política nessa operação e afirmou que toda condução técnica foi feita com amparo do Banco do Brasil.
Em junho, a CPI Rio Previdência ouviu o ex-secretário de Fazenda do Estado do Rio, Sérgio Ruy Barbosa, que minimizou o impacto que as operações de antecipação de royalties causaram aos cofres do Rio de Janeiro.
“Durante sete anos e meio, ele permaneceu como responsável pelas finanças do governo Cabral, com quem tinha uma relação muito próxima, e assumiu que fez parte das decisões que fragilizaram a economia do Rio”, afirmou Serafini.