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Sem reajustes e triênios, servidores do Rio podem ficar com o mesmo salário até 2020

O governo do estado deu seu recado aos servidores públicos: nenhum real a mais de reajuste será concedido pelos próximos três anos. Os aumentos previstos para policiais civis e militares, bombeiros, servidores da Secretaria de Saúde, auditores fiscais da fazenda e funcionários do Detran-RJ serão suspensos, caso a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) aprove o projeto de lei que trata do assunto. As parcelas que seriam pagas pelos próximos três anos, como forma de compensar a inflação, somente voltarão a ser quitadas a partir de 2020.

 

— A situação não permite pensar em reajuste. Pensar nisso está fora da realidade. Nenhuma medida é agradável. São todas austeras, duras. Mas está claro que o Estado não tem capacidade de dar qualquer aumento — disse o secretário estadual de Fazenda, Gustavo Barbosa.

 

Os percentuais devidos aos servidores foram aprovados em 2014, a pedido do próprio governador Luiz Fernando Pezão. Na ocasião, a economia proporcionava condições para a concessão de aumentos escalonados, segundo o governo.

 

— Naquela época, o país e o Estado do Rio viviam uma situação de crescimento da economia. Após as concessões, passamos por dois anos de PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas do estado) negativo — disse Barbosa.

 

Os cortes vão além. A Alerj recebeu pedidos do governo para extinguir o adicional pago por tempo de serviço, os chamados triênios. E pediu para que os Poderes — Judiciário e Legislativo — respeitem a receita corrente líquida para conceder reajustes a seus funcionários.

 

— O que se vê é uma vergonha, uma afronta aos servidores. Enquanto sofremos, o governo não cita as isenções fiscais e os benefícios concedidos a amigos. Não há uma proposta que cite — disse João Luiz Rodrigues, integrante do Movimento Unificado dos Servidores do Estado do Rio (Muspe).

FONTE: EXTRA.GLOBO.COM

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