spot_img

Índices econômicos do estado ainda estão distantes dos registrados antes da pandemia 

Índices econômicos do estado ainda estão distantes dos registrados antes da pandemia

Nova edição do boletim da Secretaria de Estado de Fazenda foi publicada nesta quarta-feira

A Secretaria de Estado de Fazenda do Rio de Janeiro divulgou nesta quarta-feira a segunda edição do Boletim “Impactos da covid-19”. O documento mostra como a pandemia do novo coronavírus afetou a atividade econômica do estado. Desta vez, foi observado o comportamento dos contribuintes fluminenses nas semanas de 1º de março a 25 de abril deste ano.

As análises foram realizadas pela Assessoria de Estudos Econômico-Tributários e pela Subsecretaria de Estado de Receita, a partir das informações das Notas Fiscais Eletrônicas (NF-e), das Notas Fiscais de Consumidor Eletrônicas (NFC-e) e dos Conhecimentos de Transporte Eletrônicos (CT-e), documento fiscal emitido pelas empresas transportadoras de mercadorias.

A análise geral do boletim mostra que, apesar de um ligeiro crescimento na quantidade, no valor das operações e no valor do ICMS destacado nas notas fiscais emitidas na semana de 12 a 18 de abril, esses indicadores voltaram a cair entre 19 e 25 de abril. Na comparação com os números do início de março, os indicadores ainda estão longe dos níveis de antes da pandemia do novo coronavírus.

A queda observada nos valores das vendas que constam informadas nos documentos fiscais emitidos nas semanas iniciadas em 1º de março e 25 de abril, por exemplo, foi de -36%.

O estudo revela também que o comportamento da economia refletido a partir das notas fiscais eletrônicas emitidas nas vendas para consumidor final, quando comparado o mesmo período, é de retração. Somente no valor das vendas, a queda observada foi de -38%.

Também constam no levantamento os dados do Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e). O comparativo dos valores dos documentos fiscais emitidos de 1º de março a 25 de abril reforça a preocupação geral com o nível da atividade econômica das empresas instaladas no Estado do Rio. A queda no valor atinge 45% no período. Foram considerados os CT-e com prestação de transporte iniciada no Estado do Rio.

Setores econômicos

Indústria, varejo e atacado tiveram um comportamento semelhante: foi constatada uma ligeira recuperação na maioria dos indicadores na semana de 12 a 18 de abril, mas os números voltaram a cair na semana seguinte, com exceção do varejo. De maneira geral, os setores não retornaram ao patamar das vendas anterior ao das medidas restritivas. A maior queda nos valores das vendas que constam informados dos documentos fiscais emitidos entre 1º de março e 25 de abril foi da indústria (-43%), seguida do varejo (-41%) e do atacado (-29%).

Atividades varejistas

Esta parte do levantamento traz desempenhos bem diferentes, dependendo da atividade. Todas tiveram perdas, mas que variam no que diz respeito ao volume de ICMS. Nesse item, o setor de vestuário e calçados foi o mais afetado, com redução de 83%. Depois, com perda de 64%, vem o de bares, restaurantes, padarias e lanchonetes.

Regiões do estado

Todas as seis regiões do Estado do Rio tiveram perdas na quantidade, no valor das notas e no volume de ICMS. No primeiro item, a maior redução foi identificada na Região Metropolitana (-43%). Já a região das Baixadas foi a mais afetada no valor das notas fiscais (-19%) e no volume de ICMS (-14%).

Simples Nacional

As empresas inscritas no Simples Nacional tiveram, entre 1º de março e 25 de abril, reduções de 40% no valor dos produtos e de 50% na quantidade de notas fiscais emitidas.

ICMS por Substituição Tributária

Entre 1º de março e 25 de abril deste ano, as principais quedas no ICMS recolhido na Substituição Tributária – sistema por meio do qual um único contribuinte é responsável pelo pagamento do imposto de toda uma cadeia produtiva – foram registradas nos seguintes produtos: combustíveis e lubrificantes, cervejas, chopes, refrigerantes, águas e em produtos alimentícios. O mesmo período registrou leve alta em medicamentos, outros produtos farmacêuticos, cigarros e outros produtos derivados do fumo.

Com informações da Sefaz-RJ

FONTE: O DIA online

Relacionados