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Bancos anunciam redução de juros no crédito pessoal; saiba como renegociar suas dívidas

Após o anúncio da taxa básica de juros, a Selic, os principais bancos do país informaram, nesta quarta-feira, queda em seus índices de juros cobrados no crédito para pessoas físicas e empresas. Os comunicados de Bradesco, Itaú, Banco do Brasil e Santander foram divulgados após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de cortar a Selic para 6,75% ao ano. Confira as novas condições:
Santander

O Santander vai reduzir as taxas de juros das suas principais linhas de crédito do varejo a partir da próxima segunda-feira, dia 12. A taxa mínima dos juros para financiamento de veículos cairá de 1,08% para 0,97% ao mês. Já a taxa mínima dos juros do crédito pessoal será reduzida de 1,59% para 1,57% ao mês. No cheque especial, a taxa mínima passa de 2,25% ao mês para 2,23% ao mês. As condições valem para todos os canais de relacionamento do Banco: Internet Banking, APP Santander, caixas eletrônicos e agências.

Banco do Brasil

O Banco do Brasil alterou suas taxas de crédito para compra de veículos, empréstimos com imóvel ou veículo como garantia, entre outras linhas. As novas taxas entram em vigor a partir da próxima sexta-feira, dia 9.

Para os empréstimos em que o cliente oferece seu automóvel como garantia, as taxas praticadas pelo BB serão reduzidas de 1,83% ao mês para 1,73% ao mês, na faixa mínima. Já no caso dos empréstimos em que o cliente oferece seu imóvel como garantia (home equity), as taxas mínimas praticadas pelo BB serão reduzidas de 1,40% ao mês para 1,38% ao mês.

A taxa mínima das linhas de financiamento de veículos novos e seminovos, contratados via canal mobile (APP BB), passará para 0,93% ao mês, ante 0,95% ao mês cobrados até então. Para as linhas de empréstimo pessoal sem garantia, a taxa mínima será reduzida de 3,33% ao mês para 3,31% ao mês. No crédito estruturado, com garantias de aplicações financeiras, a taxa mínima passará de 1,79% ao mês para 1,77% ao mês.

O Banco do Brasil também reduzirá os juros para pessoas jurídicas. Na linha desconto de cheque*, as taxas mínimas passarão para 1,32% ao mês ante os 1,34% ao mês cobrados atualmente. Para o desconto de títulos*, as taxas mínimas passarão dos atuais 1,16% ao mês para 1,14% ao mês.

Os juros para as linhas BB Giro Digital e BB Giro Empresa também ficarão mais baixos. A taxas mínimas cairão de 2,59% ao mês para 2,57% ao mês e de 1,54% ao mês para 1,52% ao mês, respectivamente. Já a taxa mínima para antecipação de crédito ao lojista (ACL)*, passa de 1,28% ao mês para 1,26% ao mês, no menor intervalo.

Bradesco

O Bradesco informa que vai repassar o corte de meio ponto porcentual da taxa Selic nas principais linhas de crédito de pessoa física e pessoa jurídica.

Itaú

O Itaú Unibanco também disse que vai repassar “integralmente” a redução da Selic nas taxas nas linhas de crédito para pessoa física e jurídica. As novas taxas passam a valer a partir do dia 14.
Saiba como renegociar suas dívidas

Os especialistas consideram o momento atual como favorável para a renegociação de dívidas, ou até mesmo a portabilidade. De acordo com Roberto Vertamatti, diretor de Economia da Associação Nacional de Executivos de Finanças (Anefac), é melhor buscar um acordo agora porque o futuro é incerto.

— Atualmente, 60% das famílias estão endividadas. Isso não significa que elas estão inadimplentes, mas é um volume muito grande e as dívidas atrapalham o orçamento da casa— diz. —É preciso aproveitar o histórico de quedas da Selic e tentar uma renegociação ou portabilidade da dívida agora, porque, principalmente por questões políticas, a economia brasileira pode sofrer alguns impactos a médio prazo.

Segundo o BC, o total de operações de transferência de parcelamento de um banco para outro registrou avanço de 52%, passando de 131.889, em dezembro de 2016, para 201.384, em dezembro de 2017. O volume transferido também bateu recorde no fim do ano passado: chegou a R$ 1,651 bilhão, uma alta de 87% em relação a dezembro de 2016.

Para que o cliente saiba como renegociar a dívida junto ao gerente do banco, o planejador financeiro Thiago Nigro dá algumas dicas.

— A primeira coisa que a pessoa precisa fazer é ter dimensão do atual valor da dívida e qual a situação junto ao banco. Saber quantas parcelas já foram pagas, qual o saldo devedor e quais as taxas de juros cobradas — pontua. — Depois disso, é interessante que a pessoa busque informações sobre seu score no site do Serasa. Caso a pontuação nesse sistema seja favorável, é válido usar esse número durante a conversa com o gerente, além de expor a situação atual e demonstrar interesse pelo acordo.

O planejador diz que a primeira alternativa é tentar a renegociação a dívida com o próprio banco, para pleitear melhores condições de pagamento. Caso a instituição não se mostre disposta a fazer um acordo, uma solução pode ser buscar a portabilidade do financiamento.

— Ao procurar outro banco, o cliente precisa levar o máximo de informações sobre sua atual dívida e, durante a conversa, não pode demonstrar que, caso não consiga aquela portabilidade, sua vida estará arruinada. É preciso manter a postura e argumentar de forma objetiva, tendo como pano de fundo a queda de juros e sua vontade de quitar a dívida para pedir a portabilidade.

Ione Amorim, economista do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), diz que o banco de origem não pode se negar a liberar o financiamento do cliente para outra instituição e deve concluir a operação em até um mês.

— Todo processo de portabilidade é feito pelo Sistema Brasileiro de Pagamento, que estipula normas e prazos para a concretização dos pagamentos. Os bancos não podem levar mais de um mês para finalizar a mudança.

FONTE: EXTRA.GLOBO.COM

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