O anúncio foi feito durante uma solenidade de lançamento do programa Segurança Presente, no Recreio dos Bandeirantes, na manhã desta quinta-feira (dia 19), na Praça Tim Maia, no Pontal. Antes desta revelação, Witzel enalteceu os pagamentos do 13º salário dos servidores estaduais no último dia 2 e dos salários na sexta-feira passada.
Segundo a Secretaria estadual de Fazenda, a gratificação paga no mês de aniversário do servidor público representará um adicional de R$ 160 milhões por mês na folha salarial.
Durante seu discurso, Witzel falou sobre a dificuldade do funcionalismo quando há atrasos de pagamento salarial, ressaltando que ele também sempre foi servidor público:
— Imagine você chegar no final do mês depois de trabalhar e não ter o seu salário. Eu não consigo imaginar o sentimento de tristeza, para dizer o mínimo, de revolta de ter sido enganado. Por isso é que eu, quando decidi ser candidato a governador, firmei um compromisso com Deus de que eu não permitiria que isso acontecesse. Porque eu também sou servidor público. A minha vida inteira fui servidor público. Eu não sei ser outra coisa na vida que não servidor público. Mas um servidor público que está comprometido com a população.
O governador disse ainda que o presidente da Câmara de Deputados, Rodrigo Maia, anunciou uma ajuda de R$ 40 milhões para o programa Segurança Presente. O dinheiro servirá, segundo Witzel, para a ampliação do programa para municípios do interior que precisem de atenção.
Ao fazer o anúncio e agradecer ao presidente da Câmara, o governador percebeu um diálogo atrás de si entre o secretário de Polícia Militar, coronel Rogério Figueiredo, e o secretário estadual de Governo, Cleiton Rodrigues, responsável pelo Segurança Presente, e interrompeu a conversa com ironia.
— Está com ciúme, comandante? — perguntou o governador ao secretário de Polícia Militar.
— Estou pedindo a metade (do valor por que será repassado por Rodrigo Maia para o programa).
— Metade? Esse negócio de rachadinha não dá muito certo, não, hein! Cuidado! — brincou Witzel, referindo-se à investigação em andamento sobre rachadinha no gabinete do ex-deputado estadual e hoje senador Flávio Bolsonaro (sem partido).
FONTE: EXTRA.GLOBO.COM