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Servidores do Executivo e do Legislativo estadual vão pedir recomposição salarial

Depois de a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) aprovar um pacote de reajustes para servidores do Tribunal de Justiça, do Ministério Público e da Defensoria Pública, servidores do Executivo e do Legislativo afirmam que também vão batalhar pela recomposição salarial.

Líder do Movimento Unificado dos Servidores Públicos Estaduais (Muspe), Bruna Werneck afirma que, desde maio, o assunto é pauta das reuniões do grupo e deve ser retomando com mais força a partir de segunda-feira. O Executivo tem 203.045 servidores ativos e 249.210 inativos, o que, no mês de maio, representou R$ 2,185 bilhões na folha de pagamento.

—Todas as categorias do Executivo estão sem reajuste com base na inflação desde 2014. Tivemos uma perda de 25% nesse tempo. Por conta do programa de recuperação fiscal, o governo não pode definir um aumento, mas repor a perda inflacionária, ele pode — argumenta ela.

Bruna vê como injusto o fato de o reajuste beneficiar apenas algumas categorias de servidores estaduais.

—Por que só o Judiciário, Ministério Público e Defensoria? Carreiras que prestam serviços fundamentais para a sociedade estão muito prejudicas. O pessoal da Saúde nem plano de cargos tem. Queremos que o conjunto de servidores do estado seja tratado de forma igualitária — pontua ela.

No Legislativo, dois sindicatos de servidores da Alerj também preparam suas reivindicações. O Sindicato dos Servidores Efetivos Ativos e Inativos da Assembleia Legislativa (Sinseal) vai elaborar um levantamento para apresentar ao presidente da Casa, André Ceciliano (PT). Segundo eles, as Alerj tem cerca de 1.400 servidores, sendo 682 ativos e 700 inativos. Os servidores da Alerj também não têm recomposição salarial desde 2014.

— Tivemos uma reunião com ele na terça-feira e ele pediu um levantamento das perdas. Mas ele só deve analisar o pedido em agosto. Confiamos que ele vai nos atender — afirma Wilma Leal, presidente do grupo.

Diretor Financeiro do Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo do Rio de Janeiro (Sindalerj), Leandro Pinho acredita que o reajuste dado é merecido, mas pede tratamento hegemônico para todos os servidores do estado.

— Temos consciência das perdas que temos, mas sabemos que o Estado, na situação que está, não consegue arcar com reajuste para todos os servidores. No entanto, se isso está sendo concedido para o TJ e o MP, esperamos o mesmo tratamento. Estamos conversando com o Ceciliano, que é muito sensível à questão dos servidores — disse ele.

Procurado pelo GLOBO, o deputado André Ciciliano (PT) disse que o Estado concedeu, em 2014, aumento para mais de 40 categorias. Segundo ele, esses aumentos impactam a folha de pagamento até 2019.

—Muitas categorias tiveram aumento. Pedir recomposição para todas elas é forçação de barra — argumenta.

De acordo com ele, em 2017, a Alerj economizou R$ 306 milhões de reais. No entanto, a Casa não tem margem para conceder aumento de pessoal:

—Estamos estudando uma fórmula com os sindicados e ver o que podemos fazer, tentar estudar a recomposição.

FONTE: EXTRA.GLOBO.COM

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