Com queda do preço do barril do petróleo, autarquia negocia com investidores para não acelerarem a amortização da Operação Delaware, de antecipação de royalties, feita em 2014
Presidente da autarquia estadual, o secretário Sérgio Aureliano (foto) vem intensificando esse trabalho, principalmente após a queda do preço do barril do petróleo (tipo Brent), no início deste ano, que estava em torno de 60 dólares e caiu para 30 dólares.
Como se sabe, a previdência estadual é ‘dependente’ de royalties e participações especiais de petróleo, já que essa é a sua principal receita.
À época, o estado recebeu cerca de R$ 11 bilhões. E, atualmente, segue pagando os juros dessa operação financeira. De lá para cá, a autarquia fluminense já pagou R$ 9 bilhões e ainda faltam R$ 10 bilhões, informou Aureliano à coluna.
Negociação
Agora, o presidente do Rioprevidência aposta nas negociações com os investidores (envolvidos nessa operação), já que as cláusulas contratuais preveem que o Estado do Rio ‘assuma o risco’ (da operação) quando há, por exemplo, redução do preço do barril.
“Quando isso acontece, o investidor tem o risco de não receber (o valor que deve ser pago pela autarquia estadual) e então começa a acelerar a amortização”, explicou o secretário.
Com isso, a receita que entrará de royalties praticamente será usada para honrar esse contrato. “(Desse jeito) O Rioprevidência praticamente não recebe nada e dependemos desse dinheiro para pagar aposentados e pensionistas”, ressaltou ele, lembrando que ainda há aporte de dinheiro do Tesouro estadual.