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Recenseamento faz Estado do Rio suspender pagamento de 17 mil salários

Rio – Mais de 17 mil servidores ativos, aposentados e pensionistas do Estado do Rio de Janeiro terão o salário de abril — pago em maio — cortado por não terem feito o recenseamento obrigatório. A suspensão do pagamento é temporária até que as pessoas regularizem suas situações. E caso isso não seja feito, os vínculos serão excluídos de forma definitiva da folha salarial do Executivo fluminense. Os números foram confirmados à Coluna pela Secretaria da Casa Civil e Governança.

A atualização cadastral tem que ser feita em qualquer agência do Banco Bradesco — responsável por rodar a folha do estado — no país e é uma das medidas previstas no Plano de Recuperação Fiscal do Rio. O procedimento também ajuda a combater fraudes e pagamentos indevidos.

Atrasos mesmo com prorrogação de prazo

Entre as 17.334 pessoas que sofrerão a suspensão do salário, 8.434 são nascidas em janeiro e 8.900 fazem aniversário em fevereiro. O prazo de recenseamento sempre é aberto no mês de aniversário do funcionário da ativa, aposentado ou pensionista.

Vale lembrar que o governo estadual prorrogou até 12 de abril o período do censo para esses grupos que tinham que ter feito durante janeiro e fevereiro. Mas mesmo assim uma quantidade grande de pessoas não compareceu ao banco para fazer o recadastramento.

Mais de 10 mil salários de março suspensos

Já em relação aos vencimentos de março, que foram quitados no último dia 12, houve suspensão de 10.646 salários de funcionários em atividade, inativos e pensionistas: 4.745 nascidos em novembro e 5.901 aniversariantes de dezembro. Todos esses vínculos de pessoas também tiveram o prazo de recenseamento ampliado, mas não foram à agência bancária.

Impacto moral e financeiro 

O secretário da Casa Civil e Governança, José Luiz Zamith, ressaltou que, além dos efeitos financeiros, o recenseamento tem impacto “moral”. Segundo ele, dos mais de 10 mil que tiveram o salário de março suspenso, até o momento apenas só dois aposentados que se reapresentaram.

“Esses dois aposentados foram ao banco e, nestes casos, houve um erro na atualização cadastral”, afirmou o secretário, acrescentando que muitos vínculos podem “nunca ter existido”.

“Só dos nascidos em novembro e dezembro há mais de 10 mil pessoas no limbo. Vamos ver quantas dessas pessoas vão se reapresentar no fim do mês”, disse Zamith.

FONTE: O DIA online

 

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