spot_img

‘Não há risco de servidores ficarem sem salários’, diz secretário de Fazenda do Rio

Titular da pasta, Luiz Cláudio Carvalho declarou que pagamento do funcionalismo é prioridade; preocupação foi causada pela queda do preço do petróleo

Apesar do cenário econômico instável com a queda do preço do barril do petróleo, o secretário estadual de Fazenda do Rio, Luiz Cláudio Carvalho, garantiu que não faltará dinheiro para pagar salários. Carvalho declarou, em audiência realizada nesta quarta-feira pelas comissões de Orçamento e Tributação da Alerj, que a pasta já vem trabalhando para melhorar o cenário fiscal do estado. E que houve uma ordem do governador Wilson Witzel, no domingo, para priorizar o pagamento do funcionalismo.

“No domingo à noite, quando as notícias começaram a ser veiculadas, o governador colocou uma ordem expressa de que os salários do funcionalismo são prioridade absoluta.

Portanto, não há risco algum, pelo menos nesse momento”, disse o titular da Fazenda, que acrescentou:

“Agora, o mercado está absolutamente volátil. A 30 dólares foi o mínimo a que chegou (o preço do barril do petróleo), então isso (risco de não pagamentos) está afastado”.

Carvalho seguiu dizendo que essa instabilidade no mercado (no mundo) é uma “hecatombe”. “Um mercado que cai a 30 por cento num dia só, não pode ser considerado algo normal”, afirmou.

Segundo o secretário, a equipe do Palácio Guanabara segue atenta e acompanhando o movimento do mercado. Mas, de acordo com ele, “há convicção de que esses efeitos não permanecerão”. “Os preços voltarão. Talvez não a 60 dólares (o barril de petróleo), mas ontem recuaram um pouco, já recuaram 10 por cento, mas vão ficar nessa volatilidade por algum tempo…”, observou.

A avaliação é de que, ainda que o preço se mantenha nesse patamar (cerca de 30 dólares), os trabalhos realizados pela Fazenda, como contenção de despesas e combate à sonegação fiscal, poderão assegurar o depósito de vencimentos dos servidores ativos, aposentados e pensionistas.

“Portanto, se tivermos o barril a 35, 40 dólares, longe dos 60 dólares (preço que estava sendo praticado), que seria o ideal, isso (não pagamento de salários) está afastado. Está afastado porque nós já tínhamos uma série de medidas estratégicas de reforço de receita. Lembrando que já temos que pagar o empréstimo (de pouco mais de R$ 3 bilhões) que tem a Cedae como contragarantia no final do ano”, pontuou.

Com todas essas mudanças nos últimos dias, o Estado do Rio ficou em alerta. Isso porque a receita de royalties e participações especiais do petróleo é a principal fonte de arrecadação da previdência estadual. Só no ano passado, o Rioprevidência recebeu mais de R$ 13 bilhões.

E, ainda assim, geralmente o Tesouro Estadual tem que aportar recursos para cobrir déficit previdenciário – o que, segundo o presidente do Rioprevidência, Sérgio Aureliano, não ocorreu em 2019.

FONTE: O DIA online
Relacionados