Titular da pasta, Luiz Cláudio Carvalho declarou que pagamento do funcionalismo é prioridade; preocupação foi causada pela queda do preço do petróleo
“No domingo à noite, quando as notícias começaram a ser veiculadas, o governador colocou uma ordem expressa de que os salários do funcionalismo são prioridade absoluta.
“Agora, o mercado está absolutamente volátil. A 30 dólares foi o mínimo a que chegou (o preço do barril do petróleo), então isso (risco de não pagamentos) está afastado”.
Segundo o secretário, a equipe do Palácio Guanabara segue atenta e acompanhando o movimento do mercado. Mas, de acordo com ele, “há convicção de que esses efeitos não permanecerão”. “Os preços voltarão. Talvez não a 60 dólares (o barril de petróleo), mas ontem recuaram um pouco, já recuaram 10 por cento, mas vão ficar nessa volatilidade por algum tempo…”, observou.
A avaliação é de que, ainda que o preço se mantenha nesse patamar (cerca de 30 dólares), os trabalhos realizados pela Fazenda, como contenção de despesas e combate à sonegação fiscal, poderão assegurar o depósito de vencimentos dos servidores ativos, aposentados e pensionistas.
“Portanto, se tivermos o barril a 35, 40 dólares, longe dos 60 dólares (preço que estava sendo praticado), que seria o ideal, isso (não pagamento de salários) está afastado. Está afastado porque nós já tínhamos uma série de medidas estratégicas de reforço de receita. Lembrando que já temos que pagar o empréstimo (de pouco mais de R$ 3 bilhões) que tem a Cedae como contragarantia no final do ano”, pontuou.
Com todas essas mudanças nos últimos dias, o Estado do Rio ficou em alerta. Isso porque a receita de royalties e participações especiais do petróleo é a principal fonte de arrecadação da previdência estadual. Só no ano passado, o Rioprevidência recebeu mais de R$ 13 bilhões.
E, ainda assim, geralmente o Tesouro Estadual tem que aportar recursos para cobrir déficit previdenciário – o que, segundo o presidente do Rioprevidência, Sérgio Aureliano, não ocorreu em 2019.