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Mudança na data de votação do pacote de austeridade não muda agenda de protestos

Rio – A mudança de calendário de votação do pacote de austeridade na Alerj não vai alterar a agenda de atos do funcionalismo. O Legislativo adiou as sessões que ocorreriam hoje para a quarta-feira. Mas, ainda assim, o Movimento Unificado dos Servidores Públicos do Estado do Rio (Muspe) manterá o protesto marcado para hoje em frente à Casa.

A Alerj temia a radicalização de protestos e decidiu alterar a data de votações. Mas, de acordo com integrantes do Muspe, o aluguel de ônibus para a vinda de caravanas com servidores de outros municípios já havia sido acordado. E, por isso, não haveria como desmarcar.

As categorias preveem, porém, outra manifestação também na quarta-feira, quando serão votados os principais projetos que afetam o funcionalismo, como o adiamento de reajustes da Segurança e aumento da contribuição previdenciária.

Para um dos líderes do Muspe e diretor do Sindjustiça, Ramon Carrera, o funcionalismo não quer negociar as medidas. Ele afirma que a pressão não vai parar.

“Estamos percebendo que o governo ainda não entendeu o recado das ruas. Não queremos esse pacote. A conta da crise não é nossa. Vamos nos manifestar nos dias 12 e 14. Não adianta apostar na nossa desmobilização”, declarou Carrera, que não descarta a possibilidade de greve geral.

O Muspe chegou a entregar uma carta aos deputados da Alerj sugerindo diversas medidas alternativas, como revisão das isenções fiscais, corte de gastos com carros oficiais pelos poderes e mutiraão no cartório do Tribunal de Justiça (TJ-RJ) para cobrança da dívida que empresas e pessoas físicas têm com o estado.

Das 22 propostas enviadas inicialmente no pacote do governo, 10 ficaram de fora, por terem sido devolvidas ou retiradas de pauta. Ao todo, os projetos receberam 722 emendas.

FONTE: O DIA online

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