spot_img

Justiça determina prisão de Adriana Ancelmo

Rio – O juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio, determinou a prisão da advogada Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB). Ela se entregou por volta das 16h desta terça-feira. A Procuradoria da República denunciou ainda Cabral por formação de quadrilha, corrupção e lavagem de dinheiro.

Ele foi preso em 17 de novembro na Operação Calicute, desdobramento da Lava Jato que desvendou esquema milionário de propinas atribuído ao peemedebista. Ele é acusado de chefiar um grupo que girou R$ 224 milhões em corrupção.

No último dia 28, Bretas já havia bloqueado os bens de Adriana. “Os laços familiares e de intimidade com os demais investigados são inegáveis”, afirmou. Na sentença, diz que “com o aprofundamento das investigações, foi identificada a participação mais efetiva da investigada Adriana Ancelmo na atividade da suposta organização criminosa.” O principal motivo é a aquisição de joias de alto valor, compradas em dinheiro pelo casal.

A força-tarefa da Lava Jato no Rio recebeu, na última sexta-feira, da grife Antonio Bernardo uma lista com 460 joias compradas pelo ex-governador, por Adriana e aliados. Segundo o relatório, o tesouro de pedras e metais preciosos amealhado foi comprado entre 2000 e 2016, num valor total de R$ 5,7 milhões. A maior parte foi paga em dinheiro vivo. Entre as peças, há anéis, brincos, colares, pingentes e pulseiras de ouro amarelo, branco, esmeraldas, diamantes, turmalina e pérolas.

O item mais caro é um par de brincos de turmalina paraíba com diamantes, de R$ 612.000. O colar “Blue Paradise”, também de turmalina paraíba, custou R$ 229.000. Já os brincos Blue Cluster foram adquiridos por Cabral por R$ 125.200, e os brincos Folhagem de Esmeraldas R$ 138.960. Os brincos Coruja de Diamantes foram pagos em espécie, ao preço de R$ 18.950, assim como o brinco Blacklava, comprado em dinheiro vivo por R$ 23.940

O relatório foi enviado pela Antonio Bernardo ao Ministério Público Federal do Rio, a pedido da 7ª Vara Federal Criminal do Rio. As 356 páginas mostram as imagens das joias compradas por Cabral, Adriana e supostos operadores do ex-governador Carlos Emanuel de Carvalho Miranda, Maria Angélica dos Santos Miranda, Paulo Fernando Magalhães Pinto Gonçalves e Luiz Carlos Bezerra.

FONTE: O DIA online

Relacionados