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Governo Witzel avalia apoio na Alerj para avançar com programa de desestatização

Governo Witzel avalia apoio na Alerj para avançar com programa de desestatização

Medida faz parte da reforma administrativa idealizada pelo Estado do Rio e que inclui PDV; Conselho de Supervisão da recuperação fiscal recomenda privatização de 14 estatais

O governo Witzel e sua base aliada na Assembleia Legislativa do Rio avaliam a temperatura nos bastidores da Casa para avançar com uma reforma administrativa, que tem como principais medidas a privatização de estatais e um Programa de Demissão Voluntária (PDV). O Executivo já enviou ao
Legislativo uma proposta para retomada do programa de desestatização (PED), criado em 1995, e o texto não foi bem recebido pela maioria dos parlamentares.

O presidente da Alerj, André Ceciliano (PT), também já disse que, antes de levar essa proposta ao plenário, é necessário promover debates. Segundo ele, nenhuma medida drástica será votada agora

O programa de privatizações é elaborado pela Secretaria da Casa Civil. O titular da pasta, André Moura, pretende apresentar à Alerj um projeto específico, indicando quais empresas e sociedades de economia mista serão desestatizadas – isso, somente com aval legislativo.

O assunto foi debatido ontem, em audiência virtual da Comissão de Economia, comandada por Renan Ferreirinha (PSB), e que teve a presença de André Moura e da integrante do Conselho de Supervisão da recuperação fiscal do Rio, Sarah Tarsila, além de outros parlamentares.

Tarsila defendeu defendeu as desestatizações como “importante medida de equilíbrio fiscal”. E declarou que o Tesouro Estadual gastou R$ 1,5 bilhão com 14 estatais, ao longo de três anos: 2017, 2018 e 2019.

Moura defendeu ontem que o momento é apropriado para essa reforma. O secretário também já declarou algumas vezes à coluna que “a máquina do estado é pesada e cara” e precisa ser modernizada.

Parlamentares ponderam

O deputado Luiz Paulo (PSDB) acompanhou a sessão e fez críticas ao projeto enviado pelo governo. O parlamentar, que foi vice-governador no período de realização do PED, disse que o programa está defasado. Segundo ele, a proposta do Executivo viola os artigos 309 e 309-a da Constituição Estadual.

“Eu defendo que este projeto seja analisado e encerrado na Comissão de Constituição e Justiça. Ele é ilegal de A a Z. Defendo que antes deva existir uma proposta estratégica, para depois propor ações estratégicas”, declarou. 

Ferreirinha anunciou que pedirá ao governo um plano estratégico para a aplicação do PED. Ele defendeu que, antes de se discutir o programa, é preciso que o Executivo explique o que pretende fazer a partir das desestatizações. “O Parlamento precisa conhecer estes detalhes para melhor discutir a medida”.

FONTE: O DIA online

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