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Fiocruz investiga reações à vacina de febre amarela

 

Rio – O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fundação Oswaldo Cruz (Bio-Manguinhos/Fiocruz) vai abrir um processo de investigação clínica para apurar os óbitos relacionados à evento adverso da vacinação para febre amarela. Dois idosos morreram após tomar dose da vacina, na cidade de São Paulo. Outras três mortes estão sendo investigadas. Especalistas, no entanto, mantêm a recomendação de vacinação para todos, com exceção das pessoas com restrição.

Segundo a Bio-Manguinhos, fabricante da vacina, por ser feita a partir de vírus vivos atenuados, a medicação é contraindicada para determinados grupos, como crianças menores de nove meses; pessoas com imunodeficiência por doença ou tratamento, como portadores de HIV, ou que fazem quimioterapia; os que têm histórico de reação anafilática ao ovo de galinha, componente usado na produção da vacina.

Com relação aos que tem 60 anos ou mais, o instituto informou que eles “devem procurar orientação médica antes de decidir se devem ou não se vacinar”. Na cidade do Rio, a Secretaria Municipal de Saúde só aplica a vacina no idoso que tiver autorização médica. “Para que idosos sejam vacinados nas condições epidemiológicas atuais da cidade do Rio (sem circulação do vírus), é imprescindível a apresentação de receita médica por escrito, preferencialmente feita pelo profissional que já acompanhe o paciente e conheça suas condições de saúde”. A SMS ressaltou que caso haja alteração nas condições epidemiológicas do município, essa recomendação poderá ser revista com base nos devidos critérios técnicos.

De acordo com o Instituto Bio-Manguinhos, o evento adverso da vacinação para a febre amarela mais grave é a doença viscerotrópica aguda (DVA), que ocorre até o décimo dia após a vacinação, com quadro clínico semelhante ao da própria febre amarela. Casos como este podem ocorrem 1 vez para cada 400 mil aplicações.

R$ 30 milhões para o estado

O Ministério da Saúde autorizou repasse de R$ 30 milhões para a campanha de vacinação contra a Febre Amarela no Rio de Janeiro, que acontece na próxima quinta-feira, 25. A ação vai ocorrer em 15 municípios e deve atender 7,7 milhões de pessoas com a dose fracionada da vacina, e 2,4 milhões com a padrão.

Segundo a Secretaria de Estado de Saúde, o seguinte grupo deverá tomar a dose fracionada: pessoas maiores de 2 anos até 59 anos não vacinadas; mulheres não vacinadas que estejam amamentando crianças maiores de 6 meses; pessoas com mais de 60 não vacinadas, após avaliação de serviço de saúde. O grupo que continuará tomando a dose plena: crianças de 9 meses a 2 anos; pessoas com condições clínicas especiais (conforme definição do Ministério da Saúde); gestantes; e viajante internacional (com comprovante).

O Estado do Rio teve 13 casos confirmados de febre amarela neste ano, sendo que cinco pessoas acabaram morrendo. Três óbitos foram registrados em Valença, um no Rio, mas o paciente contraiu a doença em Miguel Pereira e outro em Teresópolis. A febre amarela é uma doença infecciosa grave. Os sintomas aparecem de forma repentina, com febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos.

FONTE: O DIA online

 

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