spot_img

Arrogância, sorte e acordos: saiba o que manteve Ceciliano no comando da Alerj

Após o resultado das urnas, em outubro, o PSL, dos Bolsonaro, achou que dominaria a política fluminense com sua bancada de 12 deputados eleitos pelas redes sociais e levaria a Presidência da Alerj no grito. Errou feio. Sequer foi capaz de se unir para formar chapa de oposição a André Ceciliano (PT), que ganhou por WO neste sábado.

Já Ceciliano teve sorte. O maior rival e favorito, André Corrêa (DEM), está preso. O Coaf também o ajudou ao abater Flávio, senador eleito e até então o articulador do PSL. O resto foi fácil: conseguiu o apoio de 49 deputados após fechar acordos abafados pela música alta do gabinete um dia ocupado por Jorge Picciani, Paulo Melo e Sérgio Cabral.

Festa particular

André Ceciliano, Márcio Pacheco (PSC) e outros deputados aliados foram comemorar a vitória do petista com o governador Wilson Witzel (PSC), no Palácio Laranjeiras.

Em cima do muro

Alexandre Knoploch, Coronel Salema, Doutor Serginho, Gil Viana, Gustavo Schmidt, Márcio do Seu Dino e Rodrigo Amorim, todos do PSL, tiveram a oportunidade de votar contra Ceciliano. Mas se abstiveram. A Coluna mostrou ontem ser viável regimentalmente.

E o Psol, hein?

Bom, o Psol permanece no comando da Comissão de Direitos Humanos. Fez trato com Ceciliano e abraçou a chapa com integrantes das famílias Cozzolino e do presidiário Paulo Melo.

Veeeeenha!

André Lazaroni (MDB), aquele que confundiu Berdoldo Brecha, da Escolinha do Professor Raimundo, com Bertolt Brecht, circulava ontem na Alerj. Ficou em pé, parado, o tempo todo ao lado da Mesa Diretora. Ele não foi reeleito, mas ganhou cargo no departamento de comissões.

Segue…

Depois, Lazaroni passeou pelo plenário, entre os parlamentares. E, em seguida, ficou bem ao lado do microfone.

O encontro

Ceciliano se reunirá na próxima terça-feira, às 15h, no colégio de líderes da Alerj, para discutir se dá posse ou não aos seis deputados presos. Na quarta-feira, será a vez da Mesa Diretora.

Aliás…

Caso tudo corra como combinado, André Corrêa (DEM), Marcos Abrahão (Avante), Marcus Vinícius Neskau (PTB), Luiz Martins (PDT) e Anderson Alexandre (SD) serão mesmo empossados no presídio. Já Chiquinho da Mangueira (PSC) assume o mandato em casa, onde se encontra em prisão domiciliar.

O conselho

Neste sábado, Luiz Paulo (PSDB) chamou Ceciliano num canto. O aconselhou a deixar para a Justiça decidir sobre a posse dos parlamentares presos.

O argumento

Luiz Paulo alertou que não se pode seguir uma decisão monocrática do juiz federal substituto Gustavo Arruda Macedo, que deixou para a Assembleia resolver o destino dos seis políticos presidiários.

Pode mudar

“A decisão pode ser reformulada pelo desembargador Abel Gomes, que está de férias e é relator do caso”, lembrou.

Tô nem aí

Mas Ceciliano quer dar a posse aos amigos.

FONTE: O DIA online

Relacionados