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Apesar de pressão da Alerj, Witzel mantém novo secretário de Fazenda

Apesar de pressão da Alerj, Witzel mantém novo secretário de Fazenda

A cúpula da Assembleia Legislativa (Alerj) não se contentou com a exoneração do ex-secretário de Desenvolvimento Econômico, Lucas Tristão, e pressiona para que o governador Wilson Witzel também demita o secretário de Fazenda, Guilherme Mercês, que, na avaliação de deputados, foi indicado por Tristão para o cargo. Após uma reunião com Mercês no Palácio Guanabara nesta quarta-feira (3), porém, Witzel decidiu, ao menos por ora, mantê-lo no comando da pasta.

— Não adianta tirar o Lucas Tristão e manter o Mercês, um subordinado dele, no comando da pasta — reclama um deputado com trânsito no Palácio Guanabara.

Witzel avalia que Mercês, que foi economista chefe da Firjan, é um nome que agrada à classe empresarial. Conta ainda a favor do secretário o fato de ter anunciado que encontrou uma solução para garantir que não haja atraso no pagamento do funcionalismo neste ano. O governador também acredita que Mercês se saiu bem durante uma entrevista concedida pelo secretário ao RJ-TV, da Globo, nesta quarta-feira.

Witzel, no entanto, enfrenta resistência dentro do próprio governo. Um influente secretário também tenta articular a exoneração do atual secretário de Fazenda.

Ceciliano: ‘Não tem prazo para votar o impeachment’
Presidente da Alerj, André Ceciliano (PT) disse que nem a exoneração de Tristão nem a permanência de Mercês influenciarão em sua escolha de submeter ou não ao plenário os pedidos de impeachment de Witzel que foram protocolados na Casa. O petista afirma, no entanto, ainda não haver prazo para que a instauração do processo de afastamento seja votada na Assembleia.

— Nomeações e exonerações no governo não mudam em nada a disposição da Casa de analisar os pedidos de impeachment (há dez protocolados). Mas não podemos nos apressar em um assunto como esse. Os pedidos estão sendo analisados pela procuradoria (da Alerj) e, depois, vou analisá-los. Não tem previsão de data para que seja levado ao plenário — disse.

FONTE: EXTRA.GLOBO.COM

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